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04/06/2014  PIB DEVE SER FRACO EM 2014 MESMO COM JURO ESTÁVEL


Há pouca expectativa no mercado financeiro de que freio na taxa Selic em 11% ao ano seja capaz de estimular uma reação no nível dos investimentos e do consumo das famílias

Com o fraco desempenho da economia no primeiro trimestre, cresceram as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) não volte a elevar o juro até dezembro. Junto à revisão para baixo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 1,63% para 1,5%, o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostrou que o mercado financeiro espera agora a manutenção da Selic em 11% ao final do ano. Até a semana passada, a projeção era de 11,25%.

O freio no juro, porém, traz pouca esperança entre economistas quanto a uma reação no nível de investimento e no consumo das famílias, que decepcionaram com recuos de 2,1% e 0,1%, respectivamente. E mesmo que a maioria do mercado espere a estabilidade da Selic, há quem projete novas elevações neste ano por um possível recrudescimento da inflação.

Para Guilherme Moreira, gerente do Departamento de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, existe até o risco do investimento acabar 2014 em queda.

"A confiança da indústria devido às perspectivas da economia está muito baixa", diz Moreira.

No lado do consumo, os sinais de juro estabilizado também deve ter influência nula, avalia Altamiro Carvalho, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. "O consumo desacelera desde o ano passado, quando a Selic estava bem mais baixa", afirma Carvalho.

O acerto da interrupção da sequência de alta da Selic também é questionado.  "Não fosse a eleição, o juro continuaria subindo. O aumento de alguns preços, como energia, novo reajuste dos combustíveis e transporte público, em algum momento vai acontecer", afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Para Oliveira, a Selic pode voltar a subir após as eleições. Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal de Análises de Mercado, não descarta que isso ocorra antes de outubro. Diante de outra escalada dos preços, o custo eleitoral de uma inflação ascendente seria superior a uma nova alta do juro básico, entende o economista.

Os reflexos de manter a taxa Selic em 11% até o fim do ano

Investimento

O setor produtivo se mostra pouco empolgado quanto a qualquer possibilidade de retomada do investimento. Além do custo alto do capital, jogam contra a confiança em baixa da indústria e dos próprios consumidores.

Na sexta-feira, o IBGE mostrou que a taxa de investimento em relação ao PIB no primeiro trimestre foi de 17,7%, recuo em relação aos 18,2% no período de outubro a dezembro de 2013.

Para economistas, a Selic alta aliada às perspectivas pouco animadoras para a atividade no país também incentiva o direcionamento do dinheiro para os títulos do governo, considerados uma aplicação segura na comparação com os riscos de um investimento produtivo em um cenário de incertezas.

Inflação

Mesmo que os índices inflacionários mostrem arrefecimento, economistas têm sérias dúvidas sobre a garantia de que o patamar atual da Selic seja capaz de segurar os preços.

Os principais pontos de interrogação vêm da falta de uma visão mais clara em relação ao que pode ocorrer com os preços dos combustíveis, que poderiam ter nova alta após as eleições, das tarifas de energia, que já estão subindo, e das passagens do transporte urbano.

Há quem aposte que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vá elevar novamente a taxa de juro nas reuniões marcadas para depois do pleito, mas também existem projeções de que o aperto virá antes das eleições.

Consumo

Motor do crescimento do PIB nos últimos anos, o consumo das famílias teve queda de 0,1% no primeiro trimestre e, por enquanto, não há sinalização de que possa reagir nos próximos meses.

Mais do que o nível da taxa de juro, o comportamento vem sendo influenciado por outros fatores, como aumento menor da massa de renda, do ritmo do mercado de trabalho, do receio do endividamento, da maior seletividade dos bancos para conceder crédito e da própria inflação, que corrói os ganhos das famílias.

A soma de todos esses pontos acaba minando a confiança do consumidor, o que se traduz em apetite menor para ir às compras. O juro alto também se reflete em custo maior para compras a prazo.

Fonte: Zero Hora


 

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