13/05/2016 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DO PRODUTO PAPEL
Por Vicente Amato Sobrinho *
A formação de preço de quaisquer produtos depende de muitas variáveis, que mudam de grandeza de acordo com cada mercadoria. Com o papel comercializado pelas Distribuidoras não é diferente, pois a lei de oferta e procura faz os preços oscilarem, para mais ou para menos, quando o mercado desequilibra.
Consideremos aqui a formação de preços num mercado estável e com muitos competidores que buscam atrair os clientes pela eficiência, o que sempre é o melhor diferencial para fechar a venda.
Nestas condições, o ideal para a maioria dos papéis é trabalhar com margem de 20% sobre o preço de venda, como me explicaram alguns Distribuidores. Ou seja, para o custo de R$ 3,00, o preço de venda de R$ 3,75 é excelente resultado, desde que a empresa tenha as despesas enxutas e excelente administração.
Entretanto, em momentos de crise – que no setor papeleiro já dura muito tempo – como não poderia deixar de ser, os preços viram um verdadeiro salve-se quem puder e o mercado vira um salseiro. O preço sugerido de R$ 3,75 passa para R$ 3,50 e a margem cai para 14%, com viés de baixa. Este índice não deixa as empresas saudáveis economicamente, o que acaba obrigando muitas a fechar as portas.
Evidente, que a diminuição do número de competidores no mercado de Distribuição de papel ocorre não só pela crise econômica, mas também pela queda do uso do papel de imprimir e escrever, que é cada vez mais substituído pelos meios eletrônicos.
De toda forma, com ou sem crise, vivemos no capitalismo que visa o lucro, que não é pecado. Mas, para gerar lucro os preços dos produtos precisam corresponder às exigências mínimas para o equilíbrio econômico/financeiro das empresas. Saber formar o preço é uma arte.
Vicente Amato Sobrinho *
Presidente do SINAPEL, Diretor da FECOMERCIOSP,
conselheiro do SESC e presidente executivo da ANDIPA